Varizes

Quais as causas?

Se manifestam através de fatores de risco, como:
• homens com mais de 55 anos e histórico familiar da doença
• pacientes com pressão alta (este é o mais importante fator de risco que pode ser modificado)
• pacientes com colesterol elevado (a gordura estimula a formação das placas)
• fumantes (ele diminui a oxigenação do sangue e abala a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior)
• diabéticos (a doença prejudica a parede dos vasos, facilitando a formação de placas)
• portadores de entupimentos nas carótidas (as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro)
• cardíacos (a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sanguínea, podem ir parar no cérebro)
• sedentários • pessoas que estão com sobrepeso 

Varizes na gravidez

funcionando bem. A gravidez aumenta muito o risco de complicações vasculares, tais como trombose venosa profunda (devido ao aumento dos hormônios femininos pode se alterar a viscosidade sangüínea e provocar a coagulação do sangue dentro de uma veia), trazendo riscos para o feto e para a mãe.

O aumento do útero comprime as veias cava e ilíacas e geram aumento de pressão nas veias da perna, produzindo sua dilatação. Mas nada de entrar em pânico, pois grande parte destas veias que se dilatam some espontaneamente após o parto. O importante é que nos casos de dor, edema ou queimação, a gestante procure um cirurgião vascular para descobrir a melhor forma de controlar o problema até o nascimento do bebê.

O tratamento de varizes pode ser feito três meses após o parto. A melhor forma é prevenir as varizes, ou seja, evitar ficar muito tempo de pé, usar meia elástica e praticar atividades físicas. 

Quais os tipos?

As varizes também são classificadas como leves ou graves, que causam mais preocupações estéticas, e as graves que provocam problemas como sangramentos, úlceras (feridas), eczemas, infecções, vermelhidão, manchas, espessamento da pele, dor, flebite e até mesmo embolia pulmonar.

Tipo 1 Vasinhos
– pequenas veias da pele, da espessura de um fio de cabelo, avermelhadas ou um pouco maiores, azuladas, mas que estão na intimidade da pele, aparecendo na coxa, na perna, no glúteo e até mesmo nas costas. microvarizes
– são maiores, com trajetos longos e azulados que, geralmente, surgem na face lateral da coxa e do joelho e na perna.

Tipo 2 Veias de médio e grande calibre, com riscos para o paciente.

Tipo 3 As varizes já se tornam um problema de saúde ainda que não apresentem complicações.

Tipo 4 Já se transformaram em um problema de saúde e trazem complicações como dores, úlceras de perna, hiperpigmentações, eczemas venosos e hemorragias.

Atenção, a evolução das varizes não é linear. Pode passar rapidamente do tipo 1 para o 4.

Como prevenir?

• Use meia elástica: é o principal meio preventivo e deve ser recomendado pelo especialista. Desvia o sangue das veias superficiais (onde as varizes se formam) para as veias profundas (livres de varizes).

As meias elásticas são indicadas para pessoas com tendência a desenvolver varizes e para quem trabalha muito tempo em pé ou sentado.

• Evite ficar sentado ou em pé por muito tempo: para ajudar na circulação, movimente os pés como se estivesse acelerando um carro.

• Restrinja o uso de anticoncepcionais: os hormônios femininos (pílulas, tratamento de menopausa e reposição hormonal) retêm líquidos e aumentam a pressão dentro das veias – alto fator desencadeador de varizes! •

Evite excesso de peso: ele sobrecarrega a circulação e provoca o aparecimento de varizes. O ideal é adotar bons hábitos alimentares, dessa forma, você não apenas se livra dos vasinhos como, também, da celulite

Faça exercícios físicos: essa prática melhora a força muscular da perna e a circulação de retorno. Os mais indicados são: caminhada, corrida e natação.

Evite sol e calor: sol, sauna, banhos muito quentes e demorados provocam o aquecimento da pele e a passagem de uma maior quantidade de sangue pelos vasos. Isso pode provocar as dilatações e o aparecimento de vasinhos nas pessoas que são predispostas. Nos banhos de sol na praia ou na piscina, é aconselhado entrar na água a cada 15 ou 20 minutos e não se expor ao sol após as 10h. 

Como é feito o tratamento?

A abordagem pode ser preventiva (diminui o aparecimento de novas varizes) e curativa (elimina as já existentes). É importante lembrar que varizes não voltam depois de tratadas, são outras que aparecem e é por isso que o tratamento deve ser contínuo.


Escleroterapia
 
Conhecida como “aplicação” destina-se à eliminação dos vasinhos. Um líquido muito concentrado é injetado através de microagulhas dentro do vaso, alterando as células e fazendo com que ele desapareça. Existem muitas substâncias que podem ser usadas e uma das mais empregadas é a glicose em função da grande tolerância dos pacientes e por não causar alergia. Não provoca dores fortes. 

Espuma densa
Técnica que desobstrui vasos e até varizes calibrosas com a substância polidocanol combinada com ar na forma de espuma. É indicada para quem já fez cirurgia, mas as varizes persistem e para pacientes com problemas de saúde que não podem fazer cirurgia de varizes, idosos que necessitam tratar as varizes e doentes com úlceras varicosas. O líquido denso fica concentrado nas varizes por mais tempo. É realizada no consultório sem anestesia e o paciente pode seguir normalmente com a sua rotina.

Crioescleroterapia
Método para eliminar vasinhos que usa os mesmos produtos da escleroterapia normal, porém o líquido é injetado com temperatura de 40º C abaixo de zero para potencializar o efeito da substância química. As vantagens são: redução do número de sessões, diminuição da dor (pelo efeito analgésico do frio) e diminuição dos hematomas.  

Laser
Aparelho de luz intensa que é absorvida pelas células do vaso sanguíneo, sem lesar outros tecidos ao seu redor. A temperatura aumenta e o calor elimina o vaso. O procedimento é realizado no consultório, sem a necessidade de anestesia e internação. É muito indicado para os vasos do rosto e pequenos vasos do colo. 

Microcirurgia de grupos de vasinhos
Para os vasos em forma de cacho de uva ou galhos. Consiste em retirar a veia matriz com anestesia local para impedir o retorno inverso do sangue. Feito isso, os vasinhos são tratados com uma ou duas pequenas incisões com menos de 1 mm (sem necessidade de sutura). O paciente retorna para casa no mesmo dia e só precisa de dois dias de repouso. 

Microcirurgia com anestesia local
É indicada para os casos mais leves de microvarizes na parte interna do joelho e coxa ou na frente da perna. Pode ser feita no hospital ou na clínica com o uso de anestesia local. As microvarizes são retiradas com pequenas incisões feitas com o auxílio de microganchos. São necessários de três a quatro dias de repouso. 

Microcirurgia com anestesia peridural
Similar ao tratamento com anestesia local, ela é recomendada para quem apresenta grande quantidade de microvarizes. A cirurgia é feita no hospital e a alta ocorre no mesmo dia. Flebectomia ambulatorial com anestesia local Destinada a pacientes com varizes colaterais de médio ou grande calibre, porém em pequena quantidade. As veias são retiradas no hospital ou na clínica com anestesia local e o paciente volta para casa no mesmo dia.

Cirurgia de varizes convencional Indicada para portadores de varizes de médio e grosso calibre 
A necessidade ou não de internação vai depender da extensão do procedimento e a alta pode ocorrer no mesmo dia ou 24 horas após o procedimento. Consiste na retirada das safenas doentes (similares às raízes das árvores) e no tratamento dos “troncos” (ramos colaterais) e “galhos” (microvarizes). O repouso é mais prolongado, de 7 a 30 dias.

Cirurgia de varizes com laser endovascular (ELVES)
Trata as varizes de maior calibre sem extrair as veias e tem como vantagens: menores riscos de lesões neurológica, chances reduzidas de inchaços e hematomas e breve recuperação. O endolaser atua por meio de uma fibra ótica que age dentro do vaso. A temperatura do sangue é elevada, o calor, transferido para a parede da veia, provocando sua selagem (fica inativa). O equipamento é aprovado pelos órgãos de saúde europeus e americanos e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Pode ser utilizado na clínica ou no hospital.